CBH MANHUAÇU PROMOVE PRIMEIRA ASSEMBLEIA DO ANO


8 fev/2019

Alvarenga sedia encontro com grande participação

 

Para o CBH – Comitê da Bacia Hidrográfica Águas do Rio Manhuaçu – o ano 2019 começou com uma intensa Assembleia, na cidade de Alvarenga, no último dia cinco de fevereiro, terça-feira. Foi a primeira vez que uma reunião como essa aconteceu no município, que acolheu os participantes de forma amistosa e hospitaleira.

A recepção e abertura contaram com as participações do prefeito Diocelio Ribeiro, da vice-prefeita Maria de Fátima Lima, do secretário de Meio Ambiente Saulo Soares, da professora Dulcineia Peixoto, do servidor do IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Eduardo Araujo e dos diretores da entidade: Genilson Tadeu, vice-presidente; Isaura Paixão, secretária; e, Flávia Dias, secretária adjunta. Vereadores, secretários municipais e muitos professores também prestigiaram o evento.

O presidente Senisi Rocha passou a integrar o grupo e a liderar a Assembleia logo após o almoço, por motivos pessoais que o impediram de chegar antes.

Os músicos Ronei e Adair alegraram o momento inicial com uma paródia enaltecendo o município. Um poema sobre as ações ambientais na localidade foi lido pela aluna Samanta Evelly, durante a realização.

 

MUITA HISTÓRIA

A primeira apresentação coube ao historiador José Araújo de Souza, natural de Alvarenga, que expôs sobre sua pesquisa que resultou no livro “A Conquista do Cuieté”, que narra parte da história de um importante território do Vale do Rio Doce.

Um dos pontos altos da pauta foi a palestra com o Dr. Haruf Salmen Espíndola, historiador e autor do livro “Sertão do Rio Doce”. Os presentes tiveram do pesquisador da UNIVALE uma verdadeira aula sobre a ocupação do Vale do Rio Doce e as causas da forte degradação ambiental ocorrida na região ao longo do tempo.

 

DEBATES

Outro assunto muito debatido foi sobre o processo de renovação de outorga da PCH – Pequena Central Hidrelétrica – Benjamin Mário Batista, instalada no município de Reduto. Os membros do CBH criticaram os impactos sociais e ambientais provocados pelo empreendimento. O principal ponto debatido foi a interrupção do Rio Manhuaçu, em mais de um quilômetro, no trecho entre a barragem e a casa força, onde durante mais de nove meses se libera apenas uma quantidade ínfima de água, correspondente a chamada “vazão sanitária” ou “reduzida”. A conclusão foi de que a empresa está atendendo as legislações e que os órgãos ambientais e o CBH não dispõem de meios que possibilitem o aumento da quantidade de água no trecho comprometido.

O anfitrião Saulo Soares ainda explanou sobre sua dissertação de mestrado que estuda o microzoneamento da Bacia do Ribeirão Alvarenga e de sua participação no XX ENCOB – Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, em 2018.

O funcionário do IBIO AGB Doce, Miqueias Caleb, trouxe informes sobre a sustentabilidade da instituição, que atua como entidade equiparada às funções de Agência de Bacias, ou seja, o braço executivo dos mais de dez comitês presentes na região do Rio Doce. Ele contextualizou como culminou a desmobilização de parte da equipe da Agência, em cerca de 50%, no ano passado, o que comprometeu seriamente o atendimento aos CBH’s. Ainda, anunciou que caso haja contingenciamento dos recursos da cobrança pelo uso da água, que devem ser destinado a cada três meses aos comitês, a AGB Doce será forçada a anunciar a interrupção dos trabalhos, no segundo semestre desse ano.

Texto – Senisi Rocha

Fotos – Pedro Gregório e José Araujo de Souza

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http://www.alvarenga.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/alvarenga-e-sede-da-39a-reuniao-ordinaria-da-cbh-manhuacu/13315